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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Agência Noticiosa de Actividade Juvenis.


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas:


1. A Agência Noticiosa de Actividades Juvenis, foi – e apenas isso –, um «projecto» DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Iniciado durante 1967 e terminado um ano depois, sem qualquer fruto colhido. Ninguém procurava actos perfeitos, mas apenas o resultado de uma obra de rapazes. A sua força estava na vitalidade da juventude, infelizmente desconsiderada pela reforma do ministro Galvão Telles, de 12 de Novembro de 1966 (Decreto-Lei n.º 47.311). Algo que não foi desde logo compreendido, mas o tempo se encarregou de ajudar. É surpreendente como o chefe do Governo, Oliveira Salazar, concordou. Decerto, os seus muitos afazeres, estavam a dificultar-lhe a visão para aquilo que fatalmente acabaria por vir a acontecer. Não fosse outro o caminho.

2. Embora houve na Divisão e Ala de Lisboa, e ainda, no Comissariado Nacional, uma certa abundância e regularidade de notícias, naturalmente que o resto do país, designadamente o Ultramar, devia igualmente interessar. E, para um projecto desta natureza, o noticiário internacional não devia também ser esquecido. A «Agência Noticiosa de Actividades Juvenis» não tinha ainda uma designação definitiva e fácil de memorizar. Mas todos sabíamos o que dela pretendíamos. Tal como tínhamos uma ideia do que ela iria representar em afazeres para umas boas dezenas de jovens jornalistas. Um dos problemas mais complexos, estaria nas comunicações. A época Já havia telexes (muito caros), a geração dos faxes (bastante mais baratos) ainda não havia chegado.

3. Para o Ultramar: chegámos a contactar a TAP – Transportes Aéreos Portugueses, que nos acolheu com a amabilidade esperada, mas, entretanto, foi esclarecendo que tratando-se de uma empresa comercial, uma qualquer contrapartida deveria ser considerada. Sugeriu-se a inclusão nas folhas com o noticiário de uma barra de rodapé com informações relativas à TAP e aos seus serviços. A ideia mereceu uma opinião em princípio favorável. O Resto trataríamos a seguir e aos poucos. Mas, estava dado um primeiro e importante passo.


Modelo de logotipo proposto à posteriori pelo blogue «Tronco-em-Flor».
A «Esfera Armilar» significava a globalidade da acção da «Agência». O «Escudo Português», as comunidades portuguesas espalhas pelo Mundo. E a cor verde, a das camisas dos rapazes da Mocidade.


4. O grande problema continuava a ser a Mocidade DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Isso não agradava, especialmente a uma geração que pretendia continuar a ser graduados aos quarenta e aos cinquenta anos. Como já foi escrito noutros lugares, o «projecto» valia pelo seu conjunto. Amputando qualquer das partes ficaria gravemente diminuído. E também não se poderia esperar do Ministério um apoio com a dimensão suficiente. Era indispensável recorrer à Sociedade Civil.

5. Este conjunto de Actividades, como muito outras, correspondia à necessidade premente de desenvolver muitas mais. Era preciso que se soubesse tudo ou quase tudo o que andava a ser feito por este país fora. E a ignorância era excessiva, diminuindo a Organização, mas, pior que isso eram os próprios rapazes, os grande prejudicados.

6. A ideia era angariar correspondente (texto e imagem) em todas as partes do território nacional, e no estrangeiro, especialmente, junto dos núcleos de portugueses espalhados pelo mundo, e com actividades juvenis. Claro que havia preocupações de qualidade, mas estas não iriam constituir a parte mais importante, na fase de arranque, embora muitas pessoas possam defender o contrário.

7. A par da troca de noticiário, circulariam ensinamentos que proporcionassem um regular aperfeiçoamento técnico-literário. Funcionando como modelo de ensino à distância. Era completamente irrealista esperar dois ou três anos por uma aprendizagem, que, depois de reconhecida, permitisse lançar um grande projecto. Nessa altura já a oportunidade tinha passado. Os rapazes antes disponíveis já se tinham dedicado a outros afazeres.

8. E se a Mocidade nunca tinha posto em causa a qualidade dos seus jornais de «parede» e de «árvore», e outras publicações regulares (tipográficas), da responsabilidade dos rapazes, porquê agora tantas preocupações? Quase que, tudo isto, nos leva a pensar que alguém estava objectivamente interessada no falhanço de um projecto juvenil. Embora se deva esclarecer, uma vez mais, que os rapazes nunca pretenderam estar sozinhos no que quer que fosse. Sempre aceitaram o papel orientador e conselheiro dos dirigentes, mas NÃO ACTIVO.

9. Para citar um exemplo, que melhor ajude a compreender a questão do «binómio dirigente-graduado», passo a uma ideia padrão: o papel do «director» (se é que o termo de devesse aplicar) de um acampamento, mesmo dos grandes acampamentos nacionais, não era dirigir o acampamento. Era ensinar o «comandante» do acampamento a organizá-lo, para que ele mais tarde esteve apto a repetir a experiência com outra geração de graduados mais jovens. Senão, continuariam a ser sempre os mesmos…

10. Da mesma forma os «adjuntos» do director, teriam por missão ensinar os «adjuntos» do comandante a organizarem cada um dos sectores do acampamento. Infelizmente, aqui, tal como noutros sectores da vida portuguesa, «o segredo» continuava a ser a «alma do negócio». Eu é que sei…!!! aquele é que sabe…!!! e não saíamos disto.

11. Embora o período de funcionamento da actividade, fosse anual, o que acontecia menos vezes. Procuraremos, aqui, tentar aplicar, mais uma vez, o mesmo modelo organizativo que temos vindo a teorizar para diferentes áreas de actividades da Mocidade. Isto é os períodos de «Outono-Inverno» e «Primavera-Verão». Com tarefas diferenciadas para cada um dos períodos trimestrais e semestrais. E o apoio essencialmente assente na sociedade civil e não no Estado.

12. Depois, seria a aplicação dos «comandos», enquanto não ocorresse uma desejável mudança dos comandos para «chefias», termo mais cívico. As «formações de comando» ou «formações de chefia», integradas por Vanguardistas e Cadetes. E, finalmente, os «Cadetes Auxiliares de Instrução» ou dos «Cadetes Monitores Estagiários».

13. A actividade em si, nada tinha a ver com as designações dos «quadros orgânicos». Pelo contrário, era até muito importante que se não descaracterizasse a Organização, em nome de supostas desmilitarizações, aonde elas não existiam. Vindas de mentes que teimavam em querer reinventar, o que não precisava de o ser.



(continuação)