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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Jornal-Revista Semanal (Grande Tiragem).


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Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas::


1. A Mocidade editou nos anos 40, o «Jornal da Mocidade», que não era uma continuação do «Jornal da Mocidade» dos anos 30. E depois, nos anos 50, o jornal «Guião». O jornal dos anos 30 deixava claro, tratar-se de uma edição de profissionais. Já o «Jornal da Mocidade» dos anos 40, era, claramente, um trabalho dos rapazes. Talvez os mesmos que fizeram depois o «Guião», mas já na condição de adultos. Entre uma edição e outra é flagrante a diferença estrutural, para melhor, do segunda. Aspectos mais detalhados sobre pessoas e assuntos serão abordados noutras colocações.

2. Entretanto, chegámos aos anos 60, sem “navio” à vista. Ou seja, sem a perspectiva de um novo jornal, nem a continuação do anterior. Tratava-se de uma lacuna de consequências graves, para uma Organização que se assumia como responsável pela formação integral de uma massa de filiados superior a «um milhão». É certo que assegurava de forma elogiosa a edição do «Camarada», uma revista ilustrada de marca patriótica, para «Lusitos» e «Infantes», embora sem uma componente noticiosa, o que constituía uma lacuna de assinalar.

3. A necessidade de uma publicação mais virada para os «Vanguardistas» e «Cadetes» era muito sentida, mas, sem ignorar o complemento cultural e noticiosa dos «Infantes», era assunto que preocupava, um sector importante do Corpo Nacional de Graduados (CNG). Assunto, que levou a uma tomada de posição por volta de 1962, da qual resultou o auto-afastamento de um numeroso grupo de camaradas, que viria a acentuar ainda mais o declínio da Organização.

4. A partir do final de 1966, com a transferência da Delegação Distrital de Lisboa, do Palácio da Independência, no Rossio, para a «Casa da Mocidade», na Lapa, o assunto voltou a ser abordado no âmbito dos comandos da Divisão e da Ala de Lisboa, com algum interesse dispensado pelo novo Delegado Distrital, Arq.º Melo Raposo, mais tarde, Comissário Nacional Adjunto, e Comissário Nacional Adjunto, em exercício.

5. Depois de um cuidadoso estudo, verificou-se que o modelo que recolhia maior interesse era o que contemplava um formato ligeiramente superior ao de uma revista, mas inferior ao de um jornal, ficando-se assim pelo meio-termo, embora cosido a dois pontos de arame. E uma qualidade de papel próxima da de um jornal, para não onerar o custo final de publicação. Embora não existissem, elementos de referência, para uma edição com estas características, calculou-se de forma aproximada as percentagens a cobrir por textos, fotografias e títulos. A periodicidade deveria situar-se entre o semanal e o quinzenal. Embora sem grande rigor definia-se assim a “identidade” do «Projecto».

6. O estudo preliminar tornou-se mais complexo e moroso, porque a par do «jornal-revista», considerou-se a importância de incluir aspectos relativos à recolha de notícias (agência) para o jornal-revista e para suprir as necessidades dos organismos de âmbito regional e nacional, relativos á «difusão sonora». Havendo ainda a acrescentar a inexperiência de quem de envolveu. Foi um trabalho gratificantes, mas muito doloroso pelos sacrifícios que exigiu, embora, nesta fase, o objectivo fosse apenas a elaboração de um estudo preliminar, mas tão detalhado quanto possível.

7. Uma das questões mais polémicas, era a contradição entre uma Mocidade, DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. E a orientação da reforma de 12 de Novembro de 1966, que apontava para o fim da «Organização Nacional», e a sua substituição, assim por uma espécie de «direcção-geral de actividades circum-escolares», cheia de gente adulta, devidamente remunerada, e sem terem de “tropeçar” nos rapazes, que se haviam tornado um incómodo, para esta geração completamente esquecida da sua adolescência. Seria no entanto injusto, negar alguns trabalhos de inquestionável mérito, produzidos pela reforma de 1966, cujos protagonistas foram os ministros Galvão Telles e António José Saraiva e, dentro da Mocidade, os comissários Gomes Bessa e Melo Raposo.

8. Mas, o «fim-de-festa» estava marcado. Com a posse do ministro Veiga Simão, que transferiu quase tudo o que era Mocidade para um novo organismo estatal denominado de «Secretariado da Juventude». Simbolicamente concedeu à antiga Organização de juventude, a mercê de permanecer no «Palácio da Independência». E que tratasse de voltar às origens, porventura com um modelo cosmeticamente mais actualizado. Mas, infelizmente, a “emenda” foi pior que o “soneto”. Também voltaremos a isso mas noutro local.




Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Rede Nacional de Emissores Escolares.


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Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas.:


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Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Rede de Emissores Escolares de Lisboa.


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Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Agência Noticiosa de Actividade Juvenis.


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Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas:


1. A Agência Noticiosa de Actividades Juvenis, foi – e apenas isso –, um «projecto» DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Iniciado durante 1967 e terminado um ano depois, sem qualquer fruto colhido. Ninguém procurava actos perfeitos, mas apenas o resultado de uma obra de rapazes. A sua força estava na vitalidade da juventude, infelizmente desconsiderada pela reforma do ministro Galvão Telles, de 12 de Novembro de 1966 (Decreto-Lei n.º 47.311). Algo que não foi desde logo compreendido, mas o tempo se encarregou de ajudar. É surpreendente como o chefe do Governo, Oliveira Salazar, concordou. Decerto, os seus muitos afazeres, estavam a dificultar-lhe a visão para aquilo que fatalmente acabaria por vir a acontecer. Não fosse outro o caminho.

2. Embora houve na Divisão e Ala de Lisboa, e ainda, no Comissariado Nacional, uma certa abundância e regularidade de notícias, naturalmente que o resto do país, designadamente o Ultramar, devia igualmente interessar. E, para um projecto desta natureza, o noticiário internacional não devia também ser esquecido. A «Agência Noticiosa de Actividades Juvenis» não tinha ainda uma designação definitiva e fácil de memorizar. Mas todos sabíamos o que dela pretendíamos. Tal como tínhamos uma ideia do que ela iria representar em afazeres para umas boas dezenas de jovens jornalistas. Um dos problemas mais complexos, estaria nas comunicações. A época Já havia telexes (muito caros), a geração dos faxes (bastante mais baratos) ainda não havia chegado.

3. Para o Ultramar: chegámos a contactar a TAP – Transportes Aéreos Portugueses, que nos acolheu com a amabilidade esperada, mas, entretanto, foi esclarecendo que tratando-se de uma empresa comercial, uma qualquer contrapartida deveria ser considerada. Sugeriu-se a inclusão nas folhas com o noticiário de uma barra de rodapé com informações relativas à TAP e aos seus serviços. A ideia mereceu uma opinião em princípio favorável. O Resto trataríamos a seguir e aos poucos. Mas, estava dado um primeiro e importante passo.


Modelo de logotipo proposto à posteriori pelo blogue «Tronco-em-Flor».
A «Esfera Armilar» significava a globalidade da acção da «Agência». O «Escudo Português», as comunidades portuguesas espalhas pelo Mundo. E a cor verde, a das camisas dos rapazes da Mocidade.


4. O grande problema continuava a ser a Mocidade DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Isso não agradava, especialmente a uma geração que pretendia continuar a ser graduados aos quarenta e aos cinquenta anos. Como já foi escrito noutros lugares, o «projecto» valia pelo seu conjunto. Amputando qualquer das partes ficaria gravemente diminuído. E também não se poderia esperar do Ministério um apoio com a dimensão suficiente. Era indispensável recorrer à Sociedade Civil.

5. Este conjunto de Actividades, como muito outras, correspondia à necessidade premente de desenvolver muitas mais. Era preciso que se soubesse tudo ou quase tudo o que andava a ser feito por este país fora. E a ignorância era excessiva, diminuindo a Organização, mas, pior que isso eram os próprios rapazes, os grande prejudicados.

6. A ideia era angariar correspondente (texto e imagem) em todas as partes do território nacional, e no estrangeiro, especialmente, junto dos núcleos de portugueses espalhados pelo mundo, e com actividades juvenis. Claro que havia preocupações de qualidade, mas estas não iriam constituir a parte mais importante, na fase de arranque, embora muitas pessoas possam defender o contrário.

7. A par da troca de noticiário, circulariam ensinamentos que proporcionassem um regular aperfeiçoamento técnico-literário. Funcionando como modelo de ensino à distância. Era completamente irrealista esperar dois ou três anos por uma aprendizagem, que, depois de reconhecida, permitisse lançar um grande projecto. Nessa altura já a oportunidade tinha passado. Os rapazes antes disponíveis já se tinham dedicado a outros afazeres.

8. E se a Mocidade nunca tinha posto em causa a qualidade dos seus jornais de «parede» e de «árvore», e outras publicações regulares (tipográficas), da responsabilidade dos rapazes, porquê agora tantas preocupações? Quase que, tudo isto, nos leva a pensar que alguém estava objectivamente interessada no falhanço de um projecto juvenil. Embora se deva esclarecer, uma vez mais, que os rapazes nunca pretenderam estar sozinhos no que quer que fosse. Sempre aceitaram o papel orientador e conselheiro dos dirigentes, mas NÃO ACTIVO.

9. Para citar um exemplo, que melhor ajude a compreender a questão do «binómio dirigente-graduado», passo a uma ideia padrão: o papel do «director» (se é que o termo de devesse aplicar) de um acampamento, mesmo dos grandes acampamentos nacionais, não era dirigir o acampamento. Era ensinar o «comandante» do acampamento a organizá-lo, para que ele mais tarde esteve apto a repetir a experiência com outra geração de graduados mais jovens. Senão, continuariam a ser sempre os mesmos…

10. Da mesma forma os «adjuntos» do director, teriam por missão ensinar os «adjuntos» do comandante a organizarem cada um dos sectores do acampamento. Infelizmente, aqui, tal como noutros sectores da vida portuguesa, «o segredo» continuava a ser a «alma do negócio». Eu é que sei…!!! aquele é que sabe…!!! e não saíamos disto.

11. Embora o período de funcionamento da actividade, fosse anual, o que acontecia menos vezes. Procuraremos, aqui, tentar aplicar, mais uma vez, o mesmo modelo organizativo que temos vindo a teorizar para diferentes áreas de actividades da Mocidade. Isto é os períodos de «Outono-Inverno» e «Primavera-Verão». Com tarefas diferenciadas para cada um dos períodos trimestrais e semestrais. E o apoio essencialmente assente na sociedade civil e não no Estado.

12. Depois, seria a aplicação dos «comandos», enquanto não ocorresse uma desejável mudança dos comandos para «chefias», termo mais cívico. As «formações de comando» ou «formações de chefia», integradas por Vanguardistas e Cadetes. E, finalmente, os «Cadetes Auxiliares de Instrução» ou dos «Cadetes Monitores Estagiários».

13. A actividade em si, nada tinha a ver com as designações dos «quadros orgânicos». Pelo contrário, era até muito importante que se não descaracterizasse a Organização, em nome de supostas desmilitarizações, aonde elas não existiam. Vindas de mentes que teimavam em querer reinventar, o que não precisava de o ser.



(continuação)