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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Captação de Recursos.
Subsídios de Particulares.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice da Captação de Recursos:

5. Captação de Recursos. Apoios Diversos.
6. Captação de Recursos. Subsídios de Corpos Administrativos.
7. Captação de Recursos. Subsídios do Estado. Ministério da Educação.
8. Captação de Recursos. Subsídios do Estado. Ministério do Ultramar.
9. Captação de Recursos. Subsídios do Estado. Ministério do Exército.
10. Captação de Recursos. Subsídios do Estado. Ministério da Marinha.
11. Captação de Recursos. Subsídios do Estado. Secretaria de Estado da Aeronáutica.



1. – Quem esperasse ser bem-sucedido, logo da primeira vez em que batesse à porta de um particular. Era evidente que não estava preparado para a missão. Necessitava de muita paciência e persistência, para encontrar a forma de obter uma resposta favorável, que, até poderia só chegar daí a vários meses, ou apenas, nos anos seguintes. Grande parte das entidades com potencial poderiam ser contactadas, mas tinham que ficar em carteira, a esperar pela altura própria. Este seria um caso padrão. As respostas imediatas, salvo algumas circunstâncias, haveria que anotar com uma certa reserva.

2. – Depois, não valia a pena estar a pedir ajuda às gentes de Castelo Branco, para as férias dos lisboetas, excepto se a actividade decorresse mesmo à sua porta. As ajudas prováveis seriam para as férias dos rapazes da região. E, mesmo assim, teria que ser tudo muito bem explicado. Quem eram os rapazes, quantos eram, aonde iriam decorrer as actividades Primavera-Verão e em que consistiam. Mesmo correndo o risco de não aceitarem, era bom que fossem convidados para assistir à visita da «equipa de divulgação» e vissem a «exposição itinerante».

3. – O óptimo mesmo, é que fossem convidados e acompanhados por «amigos do centro» ou centros. Mais uma tarefa para estes «amigos». É possível ficar-se com uma ideia daquilo que se pretendia dos filiados e quadros dos centros, ao conseguirem como meta, um número de adesões como «amigos» de 50% do efectivo do centro, em dez anos de esforços consecutivos.

4. – Para os pais dos filiados em actividade nos centros, talvez não fosse possível ser assim tão ambiciosos. Eles tinham de ajudar os filhos a pagar a sua própria quota para centro, a adquirir o uniforme da M.P., o fato de ginástica, e ainda, a pagar a sua contribuição individual para as actividades de Primavera-Verão.

5. – Talvez fosse mais viável de atingir o objectivo anterior, com os filiados adultos prestes a abandonarem as fileiras da Organização, quer continuassem ou não como dirigentes. A manutenção de um certo vínculo à Organização, muito dependeria da forma como se tivessem envolvido nas actividades de Vanguardistas e Cadetes, fosse qual fosse o centro ou centros a que estiveram ligados.

6. – Um «amigo do centro» não podia ser apenas uma entidade a quem se cobrava uma quota. Se assim fosse, eles apenas se manteriam por muito pouco tempo. Ele tinha mesmo de ser o «amigo» que aparecia com frequência e até era convidado a participar nalgumas actividades. O seu parecer e sugestões eram apreciadas e respeitadas como quem ouve um irmão mais velho.

7. – Seria, sem dúvida, por seu intermédio que outros «amigos», antigos alunos ou não, se tornariam parceiros igualmente activos. Três condições eram no entanto necessárias: a primeira que lhe chegassem todas as publicações de informação distribuídas pelo centro, embora editadas pelo Comissariado ou pela delegação provincial/distrital; a segunda, que o seu contributo financeiro cobrisse pelo menos essas despesas; e, por fim, que ele interiorizasse o seu dever de captar também outros «amigos».

8. – Noutras colocações falaremos mais especificamente sobre o «amigo do centro» e do muito que deles se esperava. Contudo, pareceu-nos apropriado, ao falar de «recursos financeiros» falar um pouco do que deles se esperava neste domínio. Mas há mais. O «amigo do centro» seria uma presença obrigatória nas festas e outros eventos que o centro promovesse para angariar fundos. Vinha ele, vinha a família e vinham os amigos do «amigo». Se o centro tivesse entre 25 e 50 «amigos», não seria utópico esperar, que, por seu intermédio comparecessem entre 250 e 500 pessoas. Assim se encontrasse um espaço de acolher semelhante lotação, à qual, ainda havia que juntar a dos próprios filiados e dos seus pais, irmãos e avós.

9. – Mas, o assunto dos «subsídios de particulares», ainda está muito longe de se esgotar. A primeira necessidade a satisfazer era assegurar a «sustentabilidade» do centro, isto era, os recursos para as despesas permanentes. Mas, para se saber quais, havia que se saber de que centro se estava a falar. A maior parte seriam centros-escolares-primários, aonde encontravam alojamento os centros-extra-escolares e que eram a continuação natural dos anteriores, numa época em que a maior parte dos alunos não continuavam a estudar. Assim sendo, haveria apenas uma partilha de despesas com a água, a luz, a limpeza, a aquisição de material desportivo e outro necessário às actividades-gerais de Outono-Inverno.

10. – Seria absolutamente supérfluo cada um dos centros ter o seu material quando partilhavam a mesma casa. Mas isso não impedia, pelo contrário, até recomendava, que o material fosse cuidadosamente utilizado e periodicamente conferido em quantidade e estado, com o visto das duas entidades. O rigor seria a melhor base para a confiança. Mas sobre centros-escolares-primários e centros-extra-escolares falaremos melhor noutras colocações. O assunto apenas veio à conversa por causa da «angariação de fundos».

11. – O princípio, era sempre o da partilha de recursos. Quem fosse «amigo» de um centro, era-o também do outro. Para as festas e outras iniciativas, ambos contribuíam e, por isso mesmo, repartiam os proveitos, muito embora as actividades de Primavera-Verão pudessem ter lugar em locais diferentes. Em regra, os Lusitos não se misturavam com os Infantes, Vanguardistas e cadetes, nos mesmos «campos/colónias de férias» especialmente, com estes dois últimos escalões. O centro-escolar-primário tinha os Lusitos e alguns Infantes, enquanto o centro-extra-escolar era frequentado pelos restantes Infantes, mais os Vanguardistas e os Cadetes. Embora fosse uma importante missão sua incentivar os rapazes a continuarem os estudos.

12. – Tudo era repartido: fossem as batatas, as cebolas, os nabos e as alfaces e couves que conseguissem angariar junto das gentes abastadas da região, tal como, os chouriços, o azeite, o vinho e os animais de criação. No caso de efectivos diferentes, procurariam uma divisão proporcional. O mesmo se aplicava às ofertas em dinheiro, salvo o desejo expresso dos ofertantes.

13. – Mas se o principal beneficiário fosse o centro-escolar-primário, também a divisão não estaria fora do justo valor, porque os filiados do centro-extra-escolar já teriam algumas ocupações na agricultura ou na pecuária da família, obtendo desse forma proventos adicionais que os Lusitos não tinham, além de que, em conformidade com o regulamento de campismo, os Lusitos estavam dispensados de cozinhar devido à sua pouca idade, havendo por isso de contratar um cozinheiro e um ajudante.

14. – No entanto cada um dos centros teria o se provisor, para combinarem a forma de recolher e repartir as ofertas, tendo ainda como preocupação de assegurar o seu armazenamento de forma a manter intactas as características de qualidade. O propósito deste espaço não é esgotar assuntos que teriam um melhor desenvolvimento nos «manuais de instrução» dos eventos, como já foi dito, e que resultariam de exaustivas apreciações rectro-espectivas e prospectivas.

15. – Voltando às festas para angariação de fundos, um modelo muito promissor era o da «Chama-de-Mocidade» realizadas a céu-aberto desde que o tempo o permitisse. Além de ambos os centros contribuírem, não seria de excluir a vinda de grupos de outros centros da região. Numa permuta que poderia vir a funcionar nos dois ou mais sentidos. Claro que para assistir à «Chama» mão se vendem bilhetes, mas haveria sempre a possibilidades de vender umas rifas para objectos a sortear.

16. – Quanto à coordenação de todos estes esforços, a figura central seria sempre a do «Subdelegado-Regional», apoiado por algum seu adjunto e, por parte dos centros, pelos «Cadetes-Auxiliares-de-Instrução», os graduados e as suas «formações de comando» caso existissem, as quais incluiriam alguns filiados, chefes-de-quina e arvorados.

17. – Outras formas dos centros angariarem também alguns fundos, era executarem tarefas para a comunidades. Coisas simples, que estivessem ao alcance de cada um. As tarefas dos Lusitos e Infantes, naturalmente que teriam de ser diferentes das dos Vanguardistas e Cadetes. Trabalhos de limpeza de caminhos rurais, reconstrução de cercas e de muros, desobstrução de pequenos cursos de água, ordenha de animais, etc. Os beneficiários tanto poderiam ser particulares como a própria autarquia.

18. – Nesta linha de tarefas, também se poderia considerar a construção de pequenos objectos que seriam mais tarde vendidos, por exemplo, por ocasião do Natal. Neste caso os centros masculinos até se poderiam juntar aos centros femininos para umas vendas em conjunto, não só pelo Natal, como a propósito do «Dia-da-Mãe», o «Dia-do-Pai», ou outras datas da tradição local. Trabalhos de encadernação também podiam estar ao alcance dos Vanguardistas e dos Cadetes.

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(continua)