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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


domingo, 10 de julho de 2011

Mocidade Portuguesa. Actividades Gerais. Corpo de Graduados (1).

Versão: 1.0 – Data: 10-07-2011


I – NOTAS EXPLICATIVAS:

1 – Continuando com o exemplo, já adoptado, do Centro de uma Escola Técnica Elementar, da Ala de Lisboa, das mais populosas do país, com um efectivo de uma «falange» (1x720), o correspondente a duas «bandeiras» (2x360), ou a oito «grupos-de-castelos» (8x90), ou a 24 «castelos» (24x30), ou ainda, a 120 «quinas» (6x120), de filiados de frequência obrigatória.

2 – Deparamo-nos com um quadro de graduados «Corpo de Graduados», em sentido restrito, de 35 graduados, mais um efectivo de 120 chefes-de-quina (cuja instrução e promoção se encontrava regulada pelo mesmo normativo dos demais graduados), mas que jamais algum Centro deve ter tido, em permanência.   

3 – As situações mais comuns apontavam, para a inexistência de qualquer comandante-de-falange, para a presença de um único comandante-de-bandeira, comandante do Centro e comandante da instrução. Mais um ou dois comandantes-de-grupo-de-castelos, e para 8 a 10 comandantes-de-castelo. Quanto a chefes-de-quina, talvez uns 20 a 30, dos quais, uns seis a oito, arvorados-em-comandantes-de-castelo.

4 – E mesmo assim, este panorama não era dos piores, porque, na maioria dos casos, tinham mesmo de dividir a actividade em dois tempos, ao Sábado, por insuficiência de quadros. Claro que muitos responsáveis devem ter procurado reflectir sobre este problema, mas tais estudos nunca foram divulgados, ou se o foram, isso nunca chegou às mãos dos graduados. Uma importante parte interessada no assunto.

5 – Para se perceber melhor, teremos de começar por teorizar, de uma forma aproximada, a possível carreira dos graduados, numa perspectiva mais global, isto é, não considerando as excepções que sempre acontecem. Portanto:
- Aos 12 anos: chefe-de-quina (mais um a 2 anos);
- Aos 13 anos: chefe-de-quina, arvorado-em-comandante-de-castelo (mais 1 a 2 anos);
- Aos 14 anos: comandantes-de-castelo (mais 1 a 2 anos);
- Aos 16 anos: comandantes-de-grupo (menos 1 a mais 2 anos);  
- Aos 18 anos: comandantes-de-bandeira (menos 1 a mais 1 anos);
- Aos 20 anos: comandantes-de-falange (menos 1 a mais 1 ano).

6 – O Regulamento de Instrução e Promoção de Graduados, permitia aos filiados-alunos do curso de comandante-de-castelo iniciarem o curso até aos 18 anos, mas era uma situação muito rara. E um comandante-de-castelo, formado aos 14 anos, que não fosse promovido a comandante-de-grupo, até aos 17 anos, precisava de mudar de Centro (ver destacamentos), ou ir tirar um curso de especialidade no «Centro de Instrução de Quadros», senão, era muito grande a probabilidade de deixar a Organização, por desinteresse..

7 – O mesmo sucedendo a um comandante-de-grupo, que não fosse proposto para frequência do curso de comandante-de-bandeira, até aos 18 anos, necessitava igualmente de mudar de Centro (ver destacamentos) ou de ir frequentar um curso de «Auxiliar de Instrução», para continuar no mesmo Centro ou noutro.

8 – A situação dos comandantes-de-bandeira, era tratada de uma forma um pouco diferente. Se chegavam aos 20 anos ainda apresentados para serviço, iam estagiar para «Monitores», geralmente, no curso de Verão de uma Escola de Graduados, e volvido um ano, de bom e efectivo serviço, transitavam para «Instrutores Provisórios de Instrução Geral», já dentro dos quadros.

8 – Claro que estas coisas, embora possam parecer simples, quase automáticas, precisavam no entanto de quem as coordenasse superiormente, porque, deixadas apenas ao critério de cada Centro, a experiência mostrou que não resultava. Os graduados acabavam mesmo por se ir embora. E as actividades gerais, ficavam sem os «especialistas» e sem os «auxiliares de instrução», e muitos dos «Centros de Formação de Quadros» acabavam por fechar, porque os cursos ficavam desertos.

9 – Os chefes-de-serviço de actividades gerais, das Divisões, ou os dirigentes-adjuntos para as actividades gerais, das Alas, tinham grande dificuldade em tratar de tudo isto, porque, na maior parte dos casos, acumulavam com outras funções nos Centros, e mostraram-se sempre muito relutantes em partilhar o seu trabalho, com os graduados em comando: comandantes de Divisão e comandantes de Ala, e seus adjuntos, e ainda com as «Formações de Comando», que, quando existiram, foram sistematicamente desaproveitadas.

10 – A questão da frequência obrigatória, era um assunto muito sério, porque, ou a Organização se “organizava” de forma a proporcionar actividades de qualidade e atraentes aos rapazes, e isso passava pela existência de quadros, ou a lei não poderia mesmo ser cumprida, e a obrigatoriedade suspensa. Penso que faltou coragem a muito boa gente, para isso.

11 – Quando as pesquisas em curso, nas «estatísticas da educação» do INE e disponíveis na Internet, permitirem a elaboração de mapas a incluir em diversas colocações. Nessa altura teremos uma ideia mais aproximada da dimensão do problema. Mas, uma coisa já se sabe: a Mocidade formou até 1961 (ano do 25.º Aniversário da Organização) mais de 10.000 graduados. Foi o limite da sua capacidade, seguindo não o modelo possível, mas o que acabou por prevalecer. É uma opinião.


II – TRANSCRIÇÕES:

(continua)