Versão: 1.0 – Data: 10-07-2011
I – NOTAS EXPLICATIVAS:
1 – Continuando com o exemplo, já
adoptado, do Centro de uma Escola Técnica Elementar, da Ala de Lisboa, das mais
populosas do país, com um efectivo de uma «falange» (1x720), o correspondente a
duas «bandeiras» (2x360), ou a oito «grupos-de-castelos» (8x90), ou a 24 «castelos»
(24x30), ou ainda, a 120 «quinas» (6x120), de filiados de frequência
obrigatória.
2 – Deparamo-nos com um quadro de
graduados «Corpo de Graduados», em sentido restrito, de 35 graduados, mais um
efectivo de 120 chefes-de-quina (cuja instrução e promoção se encontrava
regulada pelo mesmo normativo dos demais graduados), mas que jamais algum
Centro deve ter tido, em permanência.
3 – As situações mais comuns
apontavam, para a inexistência de qualquer comandante-de-falange, para a
presença de um único comandante-de-bandeira, comandante do Centro e comandante
da instrução. Mais um ou dois comandantes-de-grupo-de-castelos, e para 8 a 10
comandantes-de-castelo. Quanto a chefes-de-quina, talvez uns 20 a 30, dos
quais, uns seis a oito, arvorados-em-comandantes-de-castelo.
4 – E mesmo assim, este panorama não
era dos piores, porque, na maioria dos casos, tinham mesmo de dividir a
actividade em dois tempos, ao Sábado, por insuficiência de quadros. Claro que
muitos responsáveis devem ter procurado reflectir sobre este problema, mas tais
estudos nunca foram divulgados, ou se o foram, isso nunca chegou às mãos dos
graduados. Uma importante parte interessada no assunto.
5 – Para se perceber melhor, teremos de
começar por teorizar, de uma forma aproximada, a possível carreira dos
graduados, numa perspectiva mais global, isto é, não considerando as excepções
que sempre acontecem. Portanto:
- Aos 12 anos: chefe-de-quina (mais
um a 2 anos);
- Aos 13 anos: chefe-de-quina,
arvorado-em-comandante-de-castelo (mais 1 a 2 anos);
- Aos 14 anos:
comandantes-de-castelo (mais 1 a 2 anos);
- Aos 16 anos: comandantes-de-grupo
(menos 1 a mais 2 anos);
- Aos 18 anos:
comandantes-de-bandeira (menos 1 a mais 1 anos);
- Aos 20 anos: comandantes-de-falange
(menos 1 a mais 1 ano).
6 – O Regulamento de Instrução e
Promoção de Graduados, permitia aos filiados-alunos do curso de comandante-de-castelo
iniciarem o curso até aos 18 anos, mas era uma situação muito rara. E um
comandante-de-castelo, formado aos 14 anos, que não fosse promovido a
comandante-de-grupo, até aos 17 anos, precisava de mudar de Centro (ver destacamentos),
ou ir tirar um curso de especialidade no «Centro de Instrução de Quadros»,
senão, era muito grande a probabilidade de deixar a Organização, por desinteresse..
7 – O mesmo sucedendo a um
comandante-de-grupo, que não fosse proposto para frequência do curso de comandante-de-bandeira,
até aos 18 anos, necessitava igualmente de mudar de Centro (ver destacamentos)
ou de ir frequentar um curso de «Auxiliar de Instrução», para continuar no
mesmo Centro ou noutro.
8 – A situação dos
comandantes-de-bandeira, era tratada de uma forma um pouco diferente. Se chegavam
aos 20 anos ainda apresentados para serviço, iam estagiar para «Monitores»,
geralmente, no curso de Verão de uma Escola de Graduados, e volvido um ano, de
bom e efectivo serviço, transitavam para «Instrutores Provisórios de Instrução
Geral», já dentro dos quadros.
8 – Claro que estas coisas, embora
possam parecer simples, quase automáticas, precisavam no entanto de quem as coordenasse
superiormente, porque, deixadas apenas ao critério de cada Centro, a experiência
mostrou que não resultava. Os graduados acabavam mesmo por se ir embora. E as
actividades gerais, ficavam sem os «especialistas» e sem os «auxiliares de instrução»,
e muitos dos «Centros de Formação de Quadros» acabavam por fechar, porque os
cursos ficavam desertos.
9 – Os chefes-de-serviço de actividades
gerais, das Divisões, ou os dirigentes-adjuntos para as actividades gerais, das
Alas, tinham grande dificuldade em tratar de tudo isto, porque, na maior parte
dos casos, acumulavam com outras funções nos Centros, e mostraram-se sempre muito
relutantes em partilhar o seu trabalho, com os graduados em comando: comandantes
de Divisão e comandantes de Ala, e seus adjuntos, e ainda com as «Formações de
Comando», que, quando existiram, foram sistematicamente desaproveitadas.
10 – A questão da frequência
obrigatória, era um assunto muito sério, porque, ou a Organização se “organizava”
de forma a proporcionar actividades de qualidade e atraentes aos rapazes, e
isso passava pela existência de quadros, ou a lei não poderia mesmo ser
cumprida, e a obrigatoriedade suspensa. Penso que faltou coragem a muito boa
gente, para isso.
11 – Quando as pesquisas em curso, nas
«estatísticas da educação» do INE e disponíveis na Internet, permitirem a
elaboração de mapas a incluir em diversas colocações. Nessa altura teremos uma
ideia mais aproximada da dimensão do problema. Mas, uma coisa já se sabe: a
Mocidade formou até 1961 (ano do 25.º Aniversário da Organização) mais de
10.000 graduados. Foi o limite da sua capacidade, seguindo não o modelo possível,
mas o que acabou por prevalecer. É uma opinião.
II – TRANSCRIÇÕES:
(continua)