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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Organização de Actividades.
Cursos de Graduados.




PÁGINA EM CONSTRUÇÃO



Índice:
A - Curso de «Comandantes-de-Castelo».
B - Curso de «Comandantes-de-Grupo-de-Castelos».
C - Curso de «Comandantes-de-Bandeira».
D - Curso de «Comandantes-de-Falange».



1.   Desde a regulamentação da Mocidade, pelo Decreto n.º 27.301, de 4 de Dezembro de 1936, que o binómio «dirigente-graduado» foi mal avaliado. De acordo com a legislação que estabelecia a abrangência da Organização e os escalões de frequência obrigatória: Lusitos (7 aos 10 anos) e Infantes (dos 10 aos 14 anos); e os escalões de frequência voluntária: Vanguardistas (dos 14 aos 18 anos) e Cadetes (dos 18 anos aos 21 anos). Que era previsível um contingente próximo de um milhão de filiados. Algo que sem uma classe de dirigente profissional, o seu papel teria que ter a ver mais com a «assistência e o aconselhamento», do que funções executivas de instrutor e organizador de actividades. Mas, para isso muito contribuiu o desempenho dos primeiros dirigentes oriundos do Exército, que trouxeram consigo hábitos não adaptáveis à Mocidade.


2.   Nota-se a importância dada ao garbo, ao aprumo, à rigidez da marcha, da cadência do passo, aos alinhamentos, etc. Em tudo se respirava a militar. São exemplos disso o I e o II Acampamentos Nacionais (1337 e 1939) e as actividades em que participaram os filiados acampados (paradas e desfiles). Tanto assim, que os dirigentes em início de carreira, até então conhecidos por «Instrutores», passaram, a partir dos anos quarenta a ser designados por «Assistentes».


3.   A grande mudança estava em cursos, mas ainda demorou bastantes anos. Até porque as primeiras gerações de graduados, levados pela inspiração recebida, atrasaram o mais possível o sentido da mudança que pretendia fazer da Mocidade uma Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. E dos graduados os verdadeiros instrutores e organizadores das actividades, mesmo das maiores, embora sempre com o acompanhamento e aconselhamento dos dirigentes, que não deixavam de manter a capacidade de aprovação final.


4.   É, face a esta mova realidade, que as escolas de graduados tiveram bastante dificuldade em adaptar os seus currículos e os planos de estudo, porque, exactamente à frente delas, estava gente da «velha guarda» e não gente da «nova guarda». Ora para se ser um organizador competente e responsável, os conhecimentos elementares daquelas escolas eram insuficientes, e qualquer acréscimo, tinha dificuldade em «encaixar» em três semanas de internato, mais uma semana de campo. Este período era aceitável desde que antecedido por um período de ensino à distância entre seis meses e um ano, e o fornecimento de documentação de estudo de nível adequado.


5.   Nas próprias escolas de graduados o ensino seria ministrado por graduados mais antigos e de patente mais elevada. Mas aqui como em todos os outros postos de comando, e instrução a organização seria sempre DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes, embora com o acompanhamento e aconselhamento dos «dirigentes-adultos», que, apesar da sua carência ao nível geral, eram, mesmo assim, suficientes para este tipo de funções. Assim se melhorasse igualmente o seu nível de qualificações.


6.   Este incremento na participação dos graduados-instrutores, tinha muito a ver com o aumento significativo do número de escolas de graduados que habilitavam graduados «comandantes-de-castelo» e «comandantes-de-grupo-de-castelo», que deveriam passar a existir em todas as capitais de distrito, mas, reservando, apenas as escolas de Lisboa, Porto e Coimbra, para a graduação de «comandantes-de-bandeira» e de «comandantes-de-falange».


7.   Também estava em causa as novas funções dos graduados «comandantes-de-castelo», que deixavam de apenas comandar «castelos», para se poderem tornar adjuntos do «comandante-do-grupo-de-castelos» e «chefes» da «formação-de-comando» do «grupo-de-castelos», o mesmo acontecendo com os «comandantes-de-grupo» em relação à «bandeira», e com os «comandantes-de-bandeira» em relação à «falange». Aqui apenas se iriam considerar as noções elementares, uma vez que, as complementares e finais, seriam ministradas nos cursos específicos para «formações-de-comando» a ministrar nos «centros-de-instrução-de-quadros», também existentes nas capitais de distrito.


8.   Para além de muitos outros detalhes, que serão abordadas nas colocações referentes aos vários cursos, um assunto transversal a todos eles, era a sensibilidade da sua relação com os «cadetes-auxiliares-de-instrução» uma nova classe de «quase-dirigentes», destinada a superar a carência de «dirigentes-adultos», essencialmente oriundos das «formações-de-comando» e de graduados, consoante a especialidade, pelos «centros-de-instrução-especial e também pelos «centros-de-instrução-de-quadros». Paralelamente, também existiam os «cadetes-monitores-estagiários», mas, estes oriundos da «carreira-de-comando», ou seja, da «carreira-de-graduados».


9.   Dirigentes como o Professor Dr. Gonçalves Rodrigues, Comissário Nacional, até 1956, e o Tenente-Coronel Luís Ribeiro Viana, Comissário Macional-Adjunto, na mesma época, ambos apoiantes de uma Mocidade assente numa classe de dirigentes profissionais, ainda tentaram no início da fase nacional do II Congresso Nacional, em 1956, apelar aos bons-ofícios do ministro da Educação, Professor Eng.º Francisco de Paula Leite Pinto, que, curiosamente, havia sido o secretário-geral do I Congresso da M.P., em 1939. Mas o Governo não estava para aí virado. As suas preocupações, ao tempo, estavam na Índia e na defesa militar do Ultramar, em geral.


10.   O subsecretário de estado da Educação, Dr. Baltazar Rebello de Sousa, que havia sido «graduado-comandante-de-falange», «ajudante-de-campo» do Comissário Nacional, Professor Dr. Marcello Caetano e, depois, dirigente da Organização, ainda tentou fazer uma aposta nos graduados, com o apoio dispensado aos vários «Encontros», dos quais pouco depois resultou a criação do «Corpo Nacional de Graduados» (CNG), e dos corpos distritais e regionais de graduados e dos respectivos comandos. Mas a iniciativa era demasiado frágil para ser bem sucedida. o que havia a fazer era muito mais do que isso. Mas, apesar de tudo, conseguiu-se o "desabrochar" do «Talha-Mar», jornal dos graduados, que se manteve até aos anos setenta.


11.  





(continua)