PÁGINA EM CONSTRUÇÃO
Índice da Captação de Recursos:
1. Captação de Recursos. Sustentabilidade.
2. Captação de Recursos. Subsídios do
Estado.
3. Captação de Recursos. Subsídios de
Corpos Administrativos.
4. Captação de Recursos. Subsídios de
Particulares.
5. Captação de Recursos.
Patrocinadores de Actividades.
6. Captação de Recursos. Apoios
Diversos.
1. – Ao longo dos anos, a Organização, viveu: do contributo anual dos seus filiados; de uma percentagem da exploração das cantinas escolares (refeitório, bufete e papelaria); de doações dos «amigos do centros» e de uns subsídios concedidos por parte do Estado e dos Corpos Autónomos (governos civis, juntas distritais, câmaras municipais e até juntas de freguesia). Também se registaram muitas ofertas de particulares.
2. – Mas, apesar da boa vontade de muitos, aos quais a Mocidade desde logo se mostrou agradecida (ver a inúmeras referências em ordens de serviço da Organização), estes dinheiros e outras ofertas sempre estiveram muito longe De satisfazer as suas necessidades básicas.
3. – A verba mais significativa era o subsídio do Estado, saído, em geral, a verba era inscrita no orçamento do Estado para despesas dos gabinetes dos ministros da Educação e do Ultramar, consoante a natureza das despesas. E assim aconteceu devido não só a uma certa confidencialidade no uso de tais recursos, como, principalmente, pelo facto da
Organização não se enquadrar nos procedimentos legislativos relativos à inscrição de receitas e despesas, adoptadas pelo Estado.
4. – As despesas da Mocidade resumiam-se à manutenção de um pequeno corpo de funcionários administrativos, existentes no Comissariado Nacional, em Lisboa, e a muito pequenas secretarias e depósitos de material, nas Delegações Distritais, além, claro, das gratificações atribuídas aos dirigentes-adultos, sem qualquer vínculo profissional ao ministério da Educação, para ajuda de pequenas despesas resultantes do exercício das suas funções como instrutores/assistentes dos vários tipos de Centros.
5. – Para as actividades, os subsídios eram atribuídos caso a caso e, raramente, permitiam apoiar mais do que aquelas que contemplavam a formação de quadros, como era o caso das escolas de graduados e dos acampamentos distritais de quadros, aonde, apesar da sua insignificância o ministro comparecia como visitante, para cer e avaliar.
6. – É possível encontrar nas «contas gerais do Estado», referentes aos vários anos em que a Organização existiu, o valor inscrito sob a designação de «Mocidade Portuguesa» na conta referente ao Gabinete do Ministro da Educação. E o blogue «Tronco-em-Flor», irá proceder a essa divulgação, quer em termos absolutos, quer em sentido relativo ao seu valor actual.
7. – Os anos de maiores verbas atribuídas, foram aqueles em que se realizaram acampamentos nacionais ou equiparados (1.º acampamento -1936, 2.º acampamento -1939, 3.ºacampamento -1944, 4.º acampamento -1956, 5.º acampamento -1958, 6.º acampamento -1963, 7.º acampamento -1966) aonde a verba mais significativa tinha a ver com a
alimentação dos dirigentes e dos filiados acampados. No caso das representações ultramarinas, estas vinham com as despesas suportadas pelo ministério do Ultramar.
8. – Contudo, seja qual for o ângulo, pelo qual este assunto seja apreciado, a conclusão é sempre a mesma. A Organização nunca passou de uma instituição indigente. Estendendo a mão aqui e ali, para poder ir cumprindo a sua missão, face a quase um milhão de filiados, uns voluntários, mas, a maioria, obrigados por força de lei.
9. – É claro que alguns maus hábitos nasceram com o próprio aparecimento e afirmação da Mocidade na segunda metade dos anos trinta. Foi um tempo de acampamentos/alojamento para os participantes em grandes desfiles e paradas. Gastou-se dinheiro com fardamentos e alimentação tipo rancho-geral. E alguns , por engano, pensaram que isso podia continuar a ser assim. Puro equívoco.
10. – Embora nos anos quarenta, cinquenta e sessenta, outros grandes acampamentos se tenham realizado. A Organização continuou a viver acima das suas posses e, ao gastais tais verbas que só beneficiavam um milhar ou dois de rapazes, deixava na penúria a realização de outras, as muito necessárias actividades de Verão, por esse país fora.
11. – Não nos vamos alongar muito mais, aqui, na análise dos tais grandes acampamentos e das suas motivações, porque isso será feito noutra ou noutras colocações mais específicas.
12. – No princípio dos anos quarenta, o Professor Marcello Caetano, comissário nacional e, a partir dessa época, considerado o principal doutrinador da Mocidade, depressa se apercebeu que muita coisa precisava de mudar, a começar pelo «rancho-geral», isto é, que cada dirigente e filiado deveria custear a sua alimentação e contribuir para a sua confecção. Era ainda um primeiro passo, mas um passo importante.
13. – Não era no Estado, mas sim na sociedade civil, que a Mocidade devia procurar os apoios necessários para as actividades de Primavera-Verão dos seus rapazes, que não eram um ou dois milhares, como já foi dito, mas sim bem mais do que dezenas de milhares. Os números apontavam para centenas de milhares.
14. – Vistas as coisas a esta dimensão, muito se teria de esperar do voluntariado de uns, os Vanguardistas e Cadetes em apoio aos Lusitos e Infantes. E de uma dedicação sem limites dos principais dirigentes de cada região, ou talvez – de todos –, para a tal mobilização da sociedade civil.
15. – Alguma coisa terá sido feita, e não podemos deixar de louvar os intervenientes. Mas, ficou-se muito aquém do que seria necessário. Noutras colocações falaremos deste tipo de actuação, em especial, da que se esperava dos delegados distritais (divisões) e dos subdelegados regionais (alas ou regiões). Estes últimos por estarem mais em
contacto com as populações, eram, sem dúvida, a pedra-angular da Organização.
16. –
17. –
18. –
(continuação)