PÁGINA EM CONSTRUÇÃO
Índice da Captação de Recursos:
1. Captação de Recursos.
Sustentabilidade.
2. Captação de Recursos. A Importante
Função de Subdelegado Regional
3. Captação de Recursos. Subsídios do
Estado.
4. Captação de Recursos. Subsídios de
Corpos Administrativos.
5. Captação de Recursos. Subsídios de
Particulares.
6. Captação de Recursos.
Patrocinadores de Actividades.
7. Captação de Recursos. Apoios
Diversos.
1.Na orgânica da Mocidade a região ou
ala era uma circunscrição que podia incluir centros-escolares-primários,
centros-escolares e centros-extra-escolares de duas ou mais freguesias de um
mesmo concelho, ou de concelhos contíguos, assumindo o nome do concelho a que
se reportassem um maior número de Centros.
2. À medida que a Organização se foi
expandindo, as províncias/distritos passaram a ter Centros em quase todos os
concelhos do Continente e Ilhas Adjacente, atingindo um impressionante número e
Unidades e de filiados, cuja existência e funcionamento, em muito se ficou a
dever à dedicação, espírito bem servir e dinamismo dos subdelegados regionais.
3. O subdelegado regional, apesar de
deter a graduação de subinspector, em regra do quadro-geral, era bem mais do
que uma mera figura institucional, porque, sendo ele que trabalhava mais
próximo das populações rurais, grande número de tarefas recaíam sob a sua
responsabilidade. Nas regiões aonde se situavam as principais cidades, estas
coincidiam com as sedes das divisões, essa tarefa competia ao delegado
provincial/distrital (inspector) ou ao seu adjunto (subinspector).
4. Assim, era o subdelegado regional
que coordenava a atribuição de pessoal destacado, para enquadrar as formações
dos centros sob a sua responsabilidade, articulando-se com os serviços da
delegação distrital e, estes, com os Centros iriam ceder o pessoal em regime de
destacamento. Os recursos que um qualquer Centro carecia eram de natureza
material e financeira, mas não, necessariamente, em exclusivo. O pessoal
instrutor era também das primeiras necessidades.
5. Era o subdelegado distrital que
comparecia junto dos professores/professoras primárias para lhe dar o ânimo
necessário e os recursos para activarem os seus centros escolares primários. Com
frequência um ou dois graduados-comandantes-de-castelo, mais cinco ou dez
chefes de quina, noutras um comandante-de-grupo-de-castelos e as respectivas
formações de comando, e de uma maneira geral 1 ou 2 Cadetes-Auxiliares-de-Instrução.
Porque os dirigentes-adultos que havia não chegavam para todos os Centros.
6. Entre Janeiro e Março, com a
instrução de Outono-Inverno já a decorrer, começariam a chegar ao Centro as
equipas de divulgação das actividades de Primavera-Verão. Cada Centro tanto
podia realizar as suas, como aderir a outros eventos de maior amplitude.
7. Se o Centro optasse por uma
iniciativa própria por ter uma formação equivalente a um grupo-de-castelos ou
superior, então, a equipa organizadora já estaria, entre Outubro e Dezembro, a
apresentar o seu relatório do último Verão e a estudar as melhoria a introduzir
para o próximo ano, no Manual de Instruções, se possível, em conjunto com os
novos “reforços” em pessoal que iriam receber para a Primavera-Verão.
8. No caso dos centros escolares
primários, os encargos seriam um pouco superiores, pois havia que contratar
uma equipa para a cozinha. Os Lusitos eram o único escalão dispensado de
confeccionar a própria comida, por serem ainda muito novos.
9. Tal como com os restantes Centros,
a partir de Janeiro e até Março, já o subdelegado regional e o seu adjunto se
andavam a desdobrar em contactos junto das famílias para saber quais os lusitos
que tinham condições por si só, ou quais os que iriam necessitar de apoio
material. Era também a oportunidade do subdelegado saber quais as famílias
teriam possibilidade de dispensar um contributo um pouco maior, para apoiar os
menos favorecidos.
10. A ideia era levar para as serras,
rios e albufeiras do interior, os rapazes do litoral. E trazer do interior,
aqueles para quem uma temporada na praia seria salutar. Tentar-se-ia alojar os
lusitos em regime de «acantonamento» em estabelecimentos de ensino, completa ou
parcialmente preparados para os receber. Claro que haveria escolas
completamente preparadas para fornecerem serviços de cama, mesa e roupa lavada.
Outras necessitariam de algum equipamento a solicitar ao exército pelas
entidades provinciais/distritais. Mas, com tempo tudo se arranjava. Daí o nosso
«plano de organização anual».
11. No caso das actividades de praia,
tal como nas de campo, o enquadramento e actividades seria assegurado pelas
equipas de organização e o subdelegado teria a obrigação de visitar todos os
locais aonde estivessem rapazes da sua Região, para se inteirar do bom
funcionamento e do elevado nível moral e de satisfação de todos os rapazes.
Tendo todos os locais de «acampamento» e de «acantonamento» linhas telefónicas,
os seus contactos tal como o dos pais, poderiam tornar-se mais frequentes.
12. Na verdade, e tal como já foi
escrito em diversas colocações, só com a ajuda da sociedade civil, é que a
Mocidade poderia realizar com sucesso tão ambicioso programa de actividades
Primavera-Verão. Aqui, os subdelegados regionais, graças aos seus bons
contactos com a câmara ou câmaras municipais, juntas de freguesias e outros
organismos locais, é que poderiam ir tomando conhecimento sobre os agricultores
mais abastados. Aqueles que poderiam oferecer um saco de batatas ou cebolas, ou
de frutos, mais ainda, legumes e outas espécies da sua pecuária. Não podia se
esperar tudo das mesmas pessoas, mas, “grão a grão enche a galinha o papo…”.
13. Para as deslocações, desde que
pedidos com a necessária antecedência, não seria difícil aceitar a oferta de um
industrial de transportes local para levar de autocarro, os miúdos, para o seu
local de férias. Uns estariam disponíveis só para a ida, enquanto outros,
talvez para a ida e a volta. O caminho-de-ferro também oferecia condições
especiais de transporte para a Mocidade.
14. Num caso típico, um agricultor
ofereceu um porco ou um cabrito. Haverá que procurar quem abata esses animais.
Talvez a camara e o matador municipal do local de origem se disponibilizem a
ajudar. Noutros casos serão os do destino. Mas é preciso não esquecer a
necessidade de uma arca frigorífica para manter as carnes em boas condições de
conservação. É claro que estas coisas tratadas à última hora tornam-se
complicadas, mas, planeado com antecedência, tudo se torna mais fácil.
15. Uma tarefa indispensável, é
manifestar o nosso reconhecimento. E a confiança sairá reforçada. Isso pode ser
feito, por exemplo, convidando as professoras a visitar os seus alunos nos
locais aonde estão de férias e assegurar o transporte e o alojamento. O jantar
pode ser na colónia/acampamento e até assistir, depois, à «Chama da Mocidade».
16. O mesmo, não podemos deixar de
fazer com os tais agricultores abastados, com o presidente da Câmara e com o
presidente da Junta de Freguesia. Alguns pais também poderão manifestar vontade
de visitar os seus filhos. O subdelegado deve mostrar-se atento a tudo isto.
17. É de acreditar que, tal como os
demais, a câmara municipal e a junta de freguesia, já tivessem começado a
considerar nos seus orçamentos anuais uma verba para estes subsídios. Mas tudo
continua a depender da forma como o subdelegado se articular com estas
entidades.
18. O subdelegado, quando visitar os
seus centros numa freguesia, não pôde deixar de ir cumprimentar o prior, que,
ao mesmo tempo, deve ser o capelão dos centros, e em conjunto, procurarem
incentivar os rapazes a assistir à missa dominical, o mesmo sucedendo, quanto a
cumprimentos, com o presidente da Junta de Freguesia, e o presidente da
colectividade local, pois, em muitas circunstâncias, precisará da cedência de
algum espaço desportivo em horas conciliáveis.
19. O chefe escutista também não deve
ser esquecido. Somos irmãos de uma mesma caminhada. Se, por exemplo, eles
tiverem alguma falta de material, que pudéssemos ajudar a superar, deviam
contar connosco, e da mesma maneira por lá houvesse uns candeeiros que nos
faltavam, também ficaríamos agradecidos. Sempre amigos. Era igualmente
importante convidar os escuteiros a participarem nas nossas actividades de
Primavera-Verão. Nada de viver de costas voltadas.
20. Muitos dos que se disponham a ler
estas linhas, vão ter sérias dúvidas quanto à possibilidade de se ter
conseguido um voluntariado de tantos Vanguardistas e Cadetes. Nada mais fácil
se tivesse sido o próprio subdelegado a exortar os rapazes, juntando a sua voz
à dos demais, para lhes fazer ver a importância das suas missões, tanto em
actividades próprias dos seu escalão, como nas indispensáveis funções de apoio
aos Lusitos e Infantes, e até Vanguardistas, para o caso dos Cadetes.
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(continua)